16º Seminário UNIDAS tem recorde de público e reforça protagonismo das autogestões

Com mais de 1,5 mil inscritos, evento discutiu governança clínica, reforma tributária, judicialização 
e inovação, apontando caminhos para a eficiência e sustentabilidade do setor

 

                                         Com público recorde, a 16ª edição do seminário se consolida como a maior dos últimos anos

O 16º Seminário UNIDAS – Transparência e Governança Clínica como Pilares para a Eficiência na Saúde Suplementar, realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, superou todas as expectativas. Com 1.554 inscritos, 1.349 check-ins e representantes de 89 filiadas, o evento registrou a maior audiência da história, reunindo 333 dirigentes (presidentes, CEOs, vice-presidentes, diretores e superintendentes), 341 gerentes, 169 supervisores e coordenadores, 43 assessores, 460 técnicos, 47 empresas patrocinadoras e a presença de um senador e dois deputados federais.

Durante dois dias de programação intensa, o encontro promoveu mais de 20 horas de debates estratégicos sobre os principais temas que moldarão o futuro da saúde suplementar no Brasil, reafirmando o protagonismo e a união das autogestões em torno de modelos de gestão mais eficientes, transparentes e sustentáveis.

CONQUISTAS E NOVOS DESAFIOS

                                              Presidente da UNIDAS destaca protagonismo das filiadas em discurso de abertura

O presidente da UNIDAS, Mário Jorge, abriu oficialmente o evento com uma fala de entusiasmo e responsabilidade. Ele destacou que, apesar dos muitos desafios que marcam o setor, há um horizonte de grandes oportunidades. “Mais de 52 milhões de brasileiros contam com planos de assistência médica. Isso reforça nossa responsabilidade em garantir serviços de excelência e sustentabilidade”, afirmou.

O presidente citou ainda fatores como o envelhecimento populacional, os custos assistenciais crescentes, o avanço acelerado das tecnologias e a necessidade urgente de maior transparência como elementos centrais da atual conjuntura. “Estudos internacionais indicam que até 30% dos recursos são desperdiçados no setor. Esse dado nos impõe uma postura ativa, vigilante, criativa e colaborativa”, pontuou.

Mário Jorge também fez questão de enaltecer o protagonismo das filiadas da UNIDAS. “Estamos juntos, conectados e preparados para construir um sistema mais justo, sustentável e centrado no paciente. É graças à força das nossas filiadas que  seguimos avançando”, declarou.

Por fim, reforçou que os debates e painéis desta edição foram pensados para provocar reflexões profundas e apresentar soluções concretas para o futuro da saúde suplementar.

BATE-PAPO COM A ANS

 ANS destaca importância da revisão da RN 137

A mesa de abertura do evento reuniu o presidente da UNIDAS, Mário Jorge, e a diretora-presidente interina da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla Soares, em um bate-papo que inaugurou oficialmente os trabalhos do 16º Seminário.

Mário Jorge conduziu a conversa destacando a relevância do diálogo entre as autogestões e o órgão regulador, reforçando a necessidade de uma atuação conjunta e transparente para fortalecer o setor.

Carla Soares, por sua vez, reconheceu os desafios enfrentados pela saúde suplementar e reafirmou o compromisso da ANS com uma regulação participativa. “Estamos lidando com vidas, com o bem-estar físico e mental das pessoas. A regulação é viva, e nosso papel é ouvir a sociedade e colocar o beneficiário no centro”, afirmou.

Ela também reforçou a relevância da revisão da RN 137, atualmente em consulta pública, destacando que a norma integra a agenda regulatória vigente e deve refletir contribuições amplas do setor. Ao encerrar sua participação, Carla sublinhou que a construção de soluções exige diálogo contínuo, transparência e colaboração entre todos os atores da cadeia da saúde suplementar.

Ao final, o público participou com questionamentos pontuais e pertinentes, que evidenciaram a relevância da troca de experiências sobre temas como linha de cuidado, desburocratização do sistema, transparência, eficiência assistencial e, sobretudo, a centralidade do paciente nas decisões.

“O cenário é desafiador, mas enxergamos oportunidades, como modelos de gestão mais eficientes. São caminhos promissores para construir um sistema mais sustentável. E estamos aqui para nos aprofundar a essas reflexões”, finalizou Mário Jorge.

 

ENTIDADES DISCUTEM GOVERNANÇA CLÍNICA E EFICIÊNCIA

Diálogo entre as lideranças do setor é fundamental para conquistar avanços

A mesa-redonda “Unindo Forças: a Visão das Grandes Entidades sobre Governança Clínica e Eficiência na Saúde Suplementar” reuniu representantes de instituições da saúde suplementar para debater os desafios regulatórios, a busca por eficiência e a sustentabilidade do setor. A mediação foi conduzida pelo presidente da UNIDAS, Mário Jorge.

Participaram do encontro Carla Soares, diretora-presidente interina da ANS; Breno Monteiro, presidente da CNSaúde; César Nomura, presidente da ABRAMED; Marco Aurélio Ferreira, diretor de Relações Governamentais da ANAHP; Flaviano Feu, vice-presidente da CMB; Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, e Renato Casarotti, vice-presidente da ABRAMGE.

Segundo Monteiro, é impossível discutir eficiência sem a existência de dados confiáveis. “Estamos longe de termos indicadores consistentes. Medir é essencial para aprimorar a gestão”, afirmou.

Nomura, por sua vez, defendeu a incorporação da inteligência artificial à regulação. Para ele, a tecnologia pode ajudar a corrigir falhas decorrentes de deficiências na formação profissional. “Ela é uma aliada na busca por qualidade e sustentabilidade”, avaliou.

De acordo com Ferreira, o setor vive o chamado “custo da desconfiança”. “O índice de glosas, hoje em quase 16%, é insustentável. Precisamos restaurar relações de confiança entre prestadores e operadoras”, alertou.

Feu criticou o excesso de burocracia nos processos de auditoria e defendeu abordagens mais práticas e centradas no cuidado. “A inovação precisa estar no modelo assistencial, não apenas na tecnologia. E o paciente tem de ser parte da solução”, pontuou.

Na visão de Balestrin, falta ao país um modelo de atenção bem estruturado. “O sistema privado segue sendo tratado como satélite do SUS, quando deveria estar integrado ao desenho macro da saúde”, disse.

Casarotti encerrou as falas reforçando a importância do equilíbrio entre gestão e assistência. “Quando buscamos eficiência nos processos administrativos, abrimos espaço para investir mais na saúde, e esse é o objetivo maior.”

Ao final, Mário Jorge destacou o papel essencial das autogestões no contexto da saúde suplementar, sobretudo no enfrentamento ao desperdício e na promoção de um modelo de cuidado mais sustentável e centrado no paciente. “Precisamos repensar a forma como tratamos a saúde, colocando o paciente no centro e combatendo o desperdício que compromete a sustentabilidade do sistema”, afirmou.

 

GOVERNANÇA CLÍNICA É APONTADA COMO PILAR PARA EFICIÊNCIA NO SETOR

Visão centrada no bem-estar e no cuidado do paciente é diferencial das autogestões

A governança clínica esteve no centro das discussões em painel moderado por Eli Melo Jr., vice-presidente da UNIDAS, com participação de Estevão Andrade, especialista em modelos alternativos de negociação e professor da Fundação Dom Cabral.

Eli destacou que o título do painel foi adaptado para refletir melhor a proposta do debate. Segundo ele, a governança clínica deve ser compreendida como elemento central da transparência e da sustentabilidade no setor. “Aqui, tomamos a liberdade de ajustar o tema, trazendo a governança clínica como agente de transparência e eficiência, traduzida, neste contexto, como sustentabilidade”, afirmou.

Durante o debate, Estevão Andrade defendeu a adoção de práticas mais claras nas relações entre operadoras, prestadores e fornecedores. “A eficácia das Clínicas Compartilhadas é um bom exemplo de transparência e estimula as autogestões para que, cada vez, sejam investidos nesses modelos de negócios.
É um ambiente eminentemente de transparência, tem gestão do paciente e ele está no foco de toda a atenção.”

Para ele, as autogestões estão mais bem posicionadas para implementar modelos centrados no cuidado, graças à cultura institucional voltada ao bem-estar. “Isso se dá pelo perfil das autogestões, que têm uma visão centrada no bem-estar e no cuidado do paciente em toda sua jornada clínica”, concluiu.

 

REFORMA TRIBUTÁRIA: RECONHECIMENTO POLÍTICO E IMPACTO PARA O FUTURO DAS AUTOGESTÕES

Reforma Tributária foi uma vitória construída com muito  diálogo

O painel que abordou a Reforma Tributária foi marcado por homenagens e reflexões sobre os bastidores da conquista da isenção de IBS e CBS para as autogestões. A mediação foi conduzida por Cleudes Freitas, diretor de Comunicação da UNIDAS e diretor financeiro da Asfeb, que destacou a importância histórica da medida: “Essa vitória foi construída com base em muito diálogo, articulação técnica e, sobretudo, por mostrar que as autogestões cumprem um papel fundamental no país: cuidar das pessoas, com eficiência e responsabilidade social.”

O debate contou com a presença de Anderson Mendes, ex-presidente da UNIDAS e diretor de negócios da Premium Care; do senador Efraim Filho (União-PB), e do deputado federal Pedro Westphalen (PP-RS), ambos homenageados pelo apoio decisivo ao pleito do segmento no Congresso Nacional.

Mendes classificou a conquista como “um justo reconhecimento do trabalho que fazemos em favor dos trabalhadores e aposentados brasileiros”. Ele ressaltou que, ao longo das negociações, foi fundamental mostrar aos parlamentares que as autogestões são estruturas solidárias, que não visam lucro e garantem acesso à saúde de qualidade.

Para Efraim Filho, a isenção para as autogestões é uma vitória heróica. “No Brasil de hoje, não pagar imposto é quase fora do normal. Mas conseguimos mostrar como as autogestões funcionam e como a proposta original traria aumento de custos que recairia sobre os aposentados”, pontuou. O senador concluiu com uma mensagem enfática: “Defender as autogestões é defender a vida. E essa é a minha missão.”

Pedro Westphalen, por sua vez, alertou para os desafios estruturais que ainda cercam o setor. O deputado defendeu a recomposição do corpo técnico da ANS e a aproximação entre o sistema de justiça e a realidade assistencial. “Precisamos fortalecer tecnicamente a Agência para que ela possa regular com segurança, e também trazer o Judiciário para o diálogo, porque não é possível sustentar decisões que ignoram os impactos econômicos e operacionais das operadoras”, afirmou.

 

MUDANÇAS NO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DESAFIAM A SAÚDE

Sistemas público e suplementar devem estar mais integrados para garantir equidade e eficiência

O painel “Os desafios da contemporaneidade na saúde” trouxe ao 16º Seminário UNIDAS uma análise contundente sobre o cenário atual e as transformações necessárias no setor. O convidado Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), abordou os impactos do novo perfil epidemiológico do Brasil e os riscos impostos por doenças crônicas negligenciadas e pelo agravamento da desigualdade no acesso ao cuidado. Ele afirmou que 60% das mortes no Brasil hoje são causadas por doenças crônicas não transmissíveis; 35% delas por doenças cardiovasculares e 20% por câncer, mas essa proporção está mudando. “Em breve, os cânceres vão ultrapassar os problemas do coração”, complementou.

De acordo com o sanitarista, os sistemas público e suplementar devem estar mais integrados para garantir equidade e eficiência. “Tem que ter porta de entrada em qualquer sistema. Se o objetivo é mais saúde, precisamos pensar em como integrar a saúde pública e a suplementar. Modelo assistencial diferente, com utilização de tecnologia,  desospitalização.”

O painel foi moderado por João Paulo Reis Neto, diretor técnico da UNIDAS e presidente da CAPESESP, que reforçou a importância da reflexão provocada pelo painel.

BENEFICIÁRIOS DESTACAM ESCUTA ATIVA COMO DIFERENCIAL DAS AUTOGESTÕES

Vínculo direto entre usuários e gestores das autogestões gera soluções mais sensíveis e eficazes

O painel “O Olhar do Beneficiário: A Importância das Autogestões em Suas Vidas” trouxe relatos que traduzem, de forma concreta, a essência do modelo autogestionário: proximidade, confiança e cuidado centrado no usuário. A conversa foi mediada por Luciana Dalcanale, diretora de Treinamento e Desenvolvimento da UNIDAS e diretora da Vivest.

Fernando Amaral, diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, compartilhou a experiência da operadora com programas baseados na escuta ativa dos beneficiários. “Nosso programa de atenção primária nasceu dessa escuta. Toda a nossa estrutura foi pensada com base nas necessidades reais dos beneficiários em diversas regiões do país.”

Laercio Luiz Moser, aposentado do SIM Saúde, emocionou o público ao relatar sua   vivência como beneficiário. “A confiança nos leva a aderir a um plano de saúde, e a comunicação é a chave para fortalecer essa relação”, afirmou.

A mesa destacou como o vínculo direto entre usuários e gestores das autogestões gera soluções mais sensíveis, eficazes e aderentes à realidade dos beneficiários.

JORNADA ASSISTENCIAL: FOCO NA COORDENAÇÃO DO CUIDADO

Escuta ativa reduz custos e internação hospitalar

O painel “Jornada Assistencial: Desafios e Oportunidades para as Autogestões” apresentou experiências bem-sucedidas de coordenação do cuidado e valorização da atenção primária. Com mediação de Pablo Brito, vice-presidente do Conselho Deliberativo da UNIDAS e diretor-presidente do Fisco Saúde-PE, a discussão reforçou como iniciativas locais podem transformar realidades complexas do setor.

Regina de Arruda Mello Blanco, gerente executiva de saúde da Vivest, compartilhou os impactos positivos da escuta ativa com assistentes sociais, destacando a importância de ouvir os beneficiários para garantir adesão a programas de acompanhamento de crônicos. Segundo ela, a iniciativa resultou na redução de 27% nas internações hospitalares e no tempo médio de permanência. “Os custos médios aumentaram porque estão sendo internados os pacientes efetivamente graves”, explicou.

José Antonio Diniz, presidente da FioSaúde e conselheiro da UNIDAS, apresentou os resultados do programa de jornada oncológica da operadora. A iniciativa reduz o intervalo entre os primeiros indícios da doença e o início do tratamento, com impacto direto na saúde dos pacientes. “O tempo médio entre diagnóstico e início do tratamento caiu de 4,5 para 2 meses”, relatou.

Ao final, Pablo Brito agradeceu os palestrantes pela clareza das exposições e pela inspiração trazida ao público. “Fomentar sementes de esperança é mostrar que o amanhã pode ser diferente e isso começa pelas iniciativas locais”, destacou.

RN 137: AUTOGESTÕES PROJETAM OXIGENAÇÃO COM ATUALIZAÇÃO REGULATÓRIA

Debate abordou os impactos esperados com a proposta de alteração da norma

O painel sobre a RN 137 discutiu os impactos esperados com a proposta de alteração da norma, atualmente em consulta pública. Com mediação de José Luiz Toro da Silva, assessor jurídico da UNIDAS, participaram do debate Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, e Augusto Tavares, gerente jurídico da Vivest.

Jorge Aquino avaliou que a reformulação da norma representa uma oportunidade de modernizar o setor. Segundo ele, as autogestões oferecem uma entrega diferenciada de cuidado, baseada em princípios coletivos. “A RN 137 ajudará as autogestões a criar o cenário necessário para equilibrar os desafios atuais”, afirmou. Para o diretor da ANS, o país precisa valorizar modelos que conciliem qualidade com racionalidade. “Não somos um país milionário para fazer do SUS um NHS aqui, mas as autogestões são importantes na estrutura de saúde do Brasil”, completou.

Para Augusto Tavares, a proposta traz avanços significativos. Ele destacou especialmente a retirada da exigência de correlação de ramo de atividade, o que permitirá o ingresso de novas patrocinadoras. “Essa ampliação oxigena as carteiras e respeita a essência do nosso modelo, que não é comercial, mas mutualista”, explicou.

Ao encerrar o painel, José Luiz Toro agradeceu os convidados pelas reflexões estratégicas e reforçou o papel da UNIDAS na articulação por um ambiente regulatório mais justo e equilibrado.

DISRUPÇÃO COMO MOTOR DE MUDANÇA

Disrupção: mirar em mudanças que gerem impacto real

Transformar realidades e quebrar paradigmas foram os eixos do painel “Disrupção: Como ser um agente de mudança em um mundo em transformação”. Conduzido por Denise Eloi, CEO do Instituto Coalizão Saúde, o encontro contou com as participações de Elói Prado de Assis, diretor executivo de Tecnologia na TOTVS, e Ricardo Dupin Lustosa, diretor-presidente da Abertta Saúde.

Com linguagem provocativa e descontraída, Elói incentivou o público a sair da zona de conforto e mirar em mudanças que gerem impacto real. “Busquem coisas que realmente mudem o ponteiro. Não se contentem com pouco. Sejam o vira-lata Caramelo, capaz de se reinventar”, disse, arrancando risos e aplausos da plateia.

Ricardo Dupin reforçou a importância de um ambiente organizacional propício à inovação e à autonomia decisória. Para ele, o medo de errar é um dos maiores obstáculos à transformação. “Todos temos uma margem de erro. É preciso ter uma leitura inteligente do momento e do ambiente em que se está inserido. Cabe à autogestão fomentar esse espaço com projetos alinhados às suas necessidades específicas”, argumentou.

Ao final da sessão, Denise Eloi destacou o entusiasmo gerado entre os participantes. “Volto para casa revigorada e com ainda mais vontade de contribuir com esse processo de transformação. Tenho certeza de que esse também é o sentimento de muitas lideranças aqui presentes”, comentou.

 

UNIDAS HOMENAGEIA DEPUTADO POR ATUAÇÃO EM DEFESA DAS AUTOGESTÕES

Deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), reconhecido por sua atuação no texto da Reforma Tributária

Durante a programação do segundo dia do seminário, a UNIDAS prestou homenagem ao deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), reconhecido por sua atuação decisiva na articulação pela isenção tributária das autogestões no texto da Reforma Tributária. A medida garantiu o reconhecimento das entidades como sem fins lucrativos, resguardando a sustentabilidade do modelo e o acesso à saúde por milhares de trabalhadores e aposentados.

Ao receber a homenagem, Lopes defendeu a justiça da medida e a importância do associativismo para o país. “O associativismo não pode ter a mesma tributação que entidades privadas. Fizemos justiça”, declarou, sendo aplaudido pelos participantes.

A homenagem foi conduzida pelo presidente da UNIDAS, Mário Jorge, que destacou a relevância da mobilização institucional para garantir o reconhecimento da natureza social das autogestões no novo modelo tributário brasileiro.

BOAS PRÁTICAS SÃO RECONHECIDAS NO PRÊMIO UNIDAS 2024

Euclides Matheucci Junior, dir. científico do Grupo DNA Consult; Ana Paula Ribeiro, gte. de Área de Operações em Saúde na Arcelormittal; Ellen Cristina Brito, gte. Operacional de Saúde da Luminar Saúde; Flávia Colares, dir. de Saúde da CASU/UFMG

Os projetos vencedores do Prêmio UNIDAS 2024 foram apresentados durante o segundo dia do Seminário, destacando experiências bem-sucedidas em atenção à saúde, gestão de crônicos e vigilância epidemiológica. A premiação, tradicional entre as operadoras de autogestão, contemplou iniciativas de filiadas e não filiadas à entidade, reforçando a importância da inovação na sustentabilidade do setor.

Flávia Colares, diretora de Saúde da CASU/UFMG, apresentou o trabalho vencedor entre as filiadas: “Transformando cuidados de pacientes com diabetes mellitus tipo 1: resultados de um projeto piloto de remuneração baseado em valor”. A proposta implementou indicadores clínicos e financeiros como base para um modelo de remuneração que valoriza desfechos assistenciais, promovendo uma gestão mais eficiente do cuidado.

O segundo lugar ficou com Ellen Cristina Brito de Oliveira, gerente operacional de Saúde da Luminar Saúde, que compartilhou a experiência do “Programa de Consultas na Atenção à Saúde do Idoso”. A estratégia incluiu escuta ativa, acompanhamento contínuo e reorganização dos protocolos, com foco em prevenção e autonomia dos pacientes.

Representando a ArcelorMittal, a gerente de operações Ana Paula Pinto Ribeiro apresentou o trabalho classificado em terceiro lugar: “Estratégia de Monitoramento no Enfrentamento da Epidemia de Dengue e Outras Arboviroses em 2024”. O estudo reuniu vigilância epidemiológica, mobilização de equipes locais e campanhas educativas, contribuindo para a redução expressiva de casos e internações.

Na categoria de não filiadas, Euclides Matheucci Junior, cofundador e diretor científico do Grupo DNA Consult, abordou a “Utilização de Testes Genéticos para Prevenção e Tratamento do Câncer de Mama”. O projeto demonstrou o potencial dos exames genômicos como ferramenta de rastreamento precoce e tomada de decisão clínica personalizada.

A iniciativa da UNIDAS reafirma o papel das autogestões como espaços de excelência e inovação, valorizando experiências que aliam evidência científica, cuidado centrado no paciente e eficiência na utilização dos recursos.

As inscrições para o Prêmio Saúde UNIDAS 2025 começam no dia 5 de maio. Nesta edição, o tema é “Cuidado centrado no idoso: equilíbrio entre tecnologia e inovação”. O regulamento prevê que os trabalhos científicos devem ser enviados até 27 de junho de 2025. Clique aqui e saiba mais.

IDSS: UNIDAS HOMENAGEIA FILIADAS

                                           Filiadas que alcançaram nota de excelência no IDSS 2024

Durante o evento, a UNIDAS homenageou as 31 operadoras filiadas que alcançaram nota de excelência no IDSS 2024 (ano-base 2023), com destaque para Abertta Saúde e Fundação São Francisco Xavier, que obtiveram nota máxima 1,00. As filiadas premiadas foram:

Abertta Saúde
Afrafep
Amagis Saúde
Apas Bauru
Cabergs
Cafaz
Casacaresc
Casec
Casembrapa
Cassind
Casu
Celos
Cemig Saúde
Compesaprev
Copass Saúde
Economus
Elosaúde
Fapes
Fisco Saúde
Fundação Libertas
Fundação Real Grandeza
Fundação Sanepar
Fundação São Francisco Xavier
Fundaffemg
Judicimed
Luminar Saúde
Pasa
Sameisa
Saúde BRB
Saúde Petrobras
Stellantis

Segundo João Paulo Reis Neto, diretor técnico da UNIDAS, “os resultados mostram a seriedade e a qualidade da gestão das autogestões”.

OFICINAS TEMÁTICAS APROFUNDAM DEBATE TÉCNICO NO SEMINÁRIO UNIDAS

                         Encontros garantiram aprofundamento, troca de experiências

As trilhas paralelas de oficinas temáticas realizadas durante o 16º Seminário UNIDAS alcançaram lotação nos dois dias de evento, refletindo o interesse crescente por debates técnicos e especializados dentro da saúde suplementar. Com inscrições antecipadas e limite de participantes por sala, os encontros foram planejados para garantir aprofundamento, troca de experiências e aplicação prática dos conhecimentos compartilhados.

Entre os destaques da programação, a oficina “Gestão de Dados e Qualidade Assistencial para uma Eficiente Governança Clínica” reuniu Paulo Affonso, consultor executivo em saúde, e Marcos Novais, diretor executivo da ABRAMGE. A moderação ficou a cargo de Carlos Alberto Siqueira Gomes, diretor administrativo-financeiro da UNIDAS e assessor da presidência da Saúde Petrobras. A atividade apresentou estratégias para transformar dados assistenciais em informação útil para decisões clínicas mais eficientes.

Outra oficina de grande repercussão foi “Judicialização da Saúde: Como Reduzir Conflitos com Transparência e Evidências”, conduzida por Juan Biazevic, juiz de Direito, e Juliana Hasse, presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB-SP. O procurador-geral da ANS, Daniel Tostes, moderou a conversa que explorou o papel da regulação, da boa comunicação com o Judiciário e da medicina baseada em evidências na prevenção de litígios.

Debates técnicos e especializados sobre temas da saúde suplementar

Também foram apresentados cases das comissões técnicas da UNIDAS, em oficina dividida por temas. Fernando Miguel de Sousa, gerente de regulação da ASSEFAZ, falou sobre a construção coletiva dos eBooks “Cuidados Paliativos” e “Infusão Segura – Vol. 2”, frutos do trabalho da Comissão de Regulação e Normas Técnicas. Em seguida, Welington Luiz Paulo, consultor tributário da UNIDAS e Gustavo de Sousa Santos, gerente atuarial da Cassi, abordaram os impactos da reforma tributária nas autogestões — ambos coordenadores da Comissão Atuarial, Contábil e de Custos da entidade.

No segundo dia, a oficina “Gestão de Recurso por Meio de Value-Based Insurance (VBHI) e VBHC” destacou práticas para alinhar incentivos financeiros à qualidade assistencial. Renato Couto, presidente do Grupo IAG Saúde, e Eduardo Maia, especialista em redes assistenciais e modelos de negócio, apresentaram experiências em andamento no país. A mediação foi feita por Werner Dalla, presidente do conselho deliberativo da UNIDAS e diretor de operações da Abertta Saúde.

Fechando a trilha técnica, a oficina “Indicadores de Governança Clínica e Auditorias em Saúde” reuniu Maria Auxiliadora Budib, diretora de assistência à saúde da Cassems, e Juliana Peixoto Albuquerque, gerente de saúde da Cemig Saúde. Com moderação de Marina Shizuko Yasuda, superintendente da UNIDAS-MG, o encontro discutiu como alinhar auditoria e governança a favor de maior eficiência e controle assistencial.

GESTÃO DO TEMPO 4.0

         Rafael Medeiros Filho, especialista em gestão do tempo e produtividade, fundador da Time School

A palestra de encerramento do seminário foi conduzida por Rafael Medeiros Filho, especialista em gestão do tempo e produtividade, fundador da Time School. Com uma abordagem prática e motivadora, Medeiros destacou que a improdutividade é uma das maiores pandemias contemporâneas, caracterizada por energia sem resultado. Ele enfatizou que ser produtivo não significa fazer mais, mas sim focar no que realmente gera impacto.

Em uma mistura de neurociência e técnicas práticas para transformar a produtividade, criar hábitos, superar a procrastinação e equilibrar as tarefas diárias de maneira eficiente. “Estamos vivendo a correria como padrão. A inversão de valores é tão grande que estamos delegando à produtividade uma definição que ela nunca deveria ter recebido, e permitimos cair na armadilha do “super-ocupação defensiva”, que nos sobrecarrega a rotina sem gerar resultados concretos”, destacou.

CAFÉ DA MANHÃ DAS COMISSÕES

Café da manhã das Comissões UNIDAS

Com foco na valorização da atuação técnica e no fortalecimento do trabalho em rede, o Café da Manhã das Comissões reuniu mais de 100 participantes no segundo dia do 16º Seminário UNIDAS. Coordenadores e membros das comissões técnicas da entidade tiveram a oportunidade de interagir, trocar experiências e se atualizar sobre os projetos em andamento. A programação incluiu a apresentação dos indicadores das comissões técnicas e o lançamento e divulgação de dois ebooks: “Cuidados Paliativos: Um compromisso das Autogestões com a Qualidade de Vida dos seus Beneficiários” e “Boas Práticas em Avaliação de Tecnologia (ATS) para Infusão Segura – Ed. II: Gestão Eficiente da Nutrição Parenteral: Um Guia para Auditoria em Saúde, elaborados pela Comissão de Regulação e Normas Técnicas, reforçando o papel estratégico das comissões no desenvolvimento técnico da saúde suplementar.

“O Café da Manhã é mais do que um momento de networking. Ele reafirma o nosso compromisso com a escuta ativa, o trabalho colaborativo e o reconhecimento dos nossos profissionais técnicos, que consolida seu papel como plataforma de integração e inovação para o setor.”, destacou Lizandra Bizarro, coordenadora de Comissões, Produtos e Serviços da UNIDAS.

Os participantes receberam bottons de identificação das comissões, uma iniciativa que trouxe cor, dinamismo e mais interação ao evento. Cada comissão recebeu uma cor específica, facilitando a identificação dos membros e incentivando a troca de informação entre os participantes.

TALKS PATROCINADOS DESTACAM INOVAÇÃO, SAÚDE MENTAL E MEDICINA DE PRECISÃO

Fernando Vidigal, diretor médico da Oncologia Américas; Ádila Andrade (Maida) e Fabrício Colacino (OncoAudit); Carlos Martins de Arribas, psiquiatra e membro da Comissão Farmácia Terapêutica em Psiquiatria de Pernambuco; Juliana Martinho Busch, diretora da CAPESESP

Quatro Talks patrocinados abriram espaço para a discussão de temas emergentes na saúde suplementar. Os encontros trouxeram reflexões relevantes sobre auditoria, oncologia, saúde mental no trabalho e novas abordagens em medicina de precisão.

Com apoio da MV, Ádila Andrade (Maida) e Fabrício Colacino (OncoAudit) abordaram o uso inteligente de recursos em oncologia. “Usar o recurso certo para o paciente custa mais barato do que economizar”, destacou Colacino.

Na sequência, com apoio da Johnson & Johnson, Fernando Vidigal, diretor médico da Oncologia Américas, falou sobre os avanços no tratamento do câncer de pulmão com terapia-alvo. “A sobrevida aumenta de forma significativa quando usamos a medicina de precisão”, pontuou.

Já no segundo dia, com apoio Johnson & Johnson, Carlos Martin de Arribas, psiquiatra e membro da Comissão Farmácia Terapêutica em Psiquiatria de Pernambuco, tratou do impacto da depressão resistente ao tratamento nas empresas, reforçando a urgência de políticas corporativas voltadas à saúde mental. “Ignorar essa condição é custoso, tanto do ponto de vista humano quanto financeiro.”

Encerrando os Talks, com apoio Astrazeneca, Juliana Martinho Busch, diretora da CAPESESP, apresentou os resultados da medicina de precisão aplicada ao câncer de endométrio. “Precisamos de mudanças significativas na linha de cuidado e, principalmente, investir no diagnóstico precoce”, alertou.

 

LOUNGE DE NEGÓCIOS FORTALECE CONEXÕES E PARCERIAS

Durante o 16º Seminário UNIDAS, os participantes tiveram acesso a uma área exclusiva dedicada à troca de experiências, apresentação de soluções inovadoras e geração de oportunidades e negócios. O Lounge de Negócios reuniu 17 expositores, 8 lounges de startups e contou com o apoio de 47 patrocinadores, que apresentaram seus produtos, serviços e iniciativas voltadas ao setor de saúde suplementar.

O espaço foi especialmente planejado para estimular o networking entre os participantes, criando um ambiente propício ao fortalecimento de parcerias estratégicas, à disseminação de conhecimento e à aproximação entre gestores, fornecedores e representantes das autogestões. Com uma proposta dinâmica e interativa, o lounge reforçou o papel da UNIDAS como articuladora de conexões relevantes para o desenvolvimento do setor.


ENCERRAMENTO E PRÓXIMOS PASSOS

                                               Eli Melo Jr., vice-presidente da UNIDAS, apresenta números do seminário

Eli Melo Jr., vice-presidente da UNIDAS, fez um balanço positivo do encontro, destacando os números expressivos e o alto nível dos debates. “É um sentimento de gratidão imensa que estamos sentindo agora. Agradeço a presença e confiança de todos que estiveram conosco nesses dois dias de trabalho, troca e networking”, declarou. Eli também convidou o público para os próximos dois grandes eventos da entidade:

  • 28º Congresso Internacional UNIDAS, que será realizado de 5 a 7 de novembro, em Salvador-BA
  • 17º Seminário UNIDAS, que tem data marcada para 14 e 15 de abril de 2026, em Brasília-DF

 

CONHEÇA OS PATROCINADORES DO EVENTO

 

 

 

 

    O termo de filiação será encaminhado após a aprovação.

    Pedido de Filiação preenchido

    Ficha de cadastro preenchida

    Estatuto da sua autogestão