Com mais de 200 participantes, o evento reuniu autoridades, especialistas e gestores para debater acreditação, inteligência artificial, redes de atenção e saúde mental na saúde suplementar
O 4º Fórum UNIDAS-DF – Inovação em Saúde, realizado no dia 9 de outubro, em Brasília, consolidou-se como um dos principais espaços de debate sobre o futuro da saúde suplementar e o protagonismo das autogestões da região centro-oeste. O encontro reuniu 216 participantes, entre dirigentes, especialistas e representantes do setor, para discutir inovação, qualidade assistencial e sustentabilidade.
Com o apoio de 22 patrocinadores e apoiadores institucionais, o evento contou com 23 palestrantes e moderadores, que trouxeram perspectivas sobre tecnologia, acreditação, políticas públicas e gestão em saúde.
A abertura foi conduzida pela superintendente da UNIDAS-DF, Izabella Pacheco Guimarães, que destacou a relevância da seção distrital na articulação de ideias e iniciativas em prol das autogestões. Ao lado da diretoria da UNIDAS-DF e do presidente da UNIDAS, Mário Jorge, Izabella enfatizou a necessidade de compreender os desafios do setor e atuar de forma estratégica para o fortalecimento do modelo.
“Que este Fórum nos inspire e nos fortaleça para seguirmos construindo, com coragem e criatividade, soluções sustentáveis e inovadoras para os desafios da saúde suplementar”, destacou a superintendente.
“Precisamos compreender profundamente a nossa modalidade e nos posicionar de forma estratégica para desenvolver o nosso próprio sistema”, complementou Mário Jorge.
Cenário da Saúde no Brasil: desafios e oportunidades
O primeiro painel do dia reuniu Fernanda Freire de Araújo, assessora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carlos Amilcar Salgado, secretário adjunto da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Mário Jorge, presidente da UNIDAS, com moderação de Cláudio Said, presidente da CASSI.
Os debatedores analisaram o cenário atual e os principais desafios da saúde no país. Fernanda Freire destacou que as autogestões se diferenciam por oferecer um atendimento mais próximo e reajustes mais equilibrados por faixa etária, enquanto Carlos Amilcar abordou a necessidade de fortalecer a gestão pública e a rede especializada.
Mário Jorge chamou a atenção para a importância de reflexão estratégica diante das transformações do setor:
“O cenário atual da saúde exige reflexão e estratégia. A RN 137 resgata a essência da autogestão, feita pelo beneficiário e para o beneficiário, e representa um avanço importante para o fortalecimento do nosso modelo”, disse o presidente.
Acreditação e qualidade na saúde suplementar
No painel seguinte, Werner Dalla, presidente da Abertta Saúde e do Conselho Deliberativo da UNIDAS, e Ana Paula Silva Cavalcante, gerente de estímulo à inovação e avaliação da qualidade setorial da ANS, debateram a Acreditação de Operadoras, com moderação de Larissa Rodrigues, diretora de treinamento e desenvolvimento da UNIDAS-DF.
Ana Paula explicou que a acreditação promove qualidade e segurança por meio de padrões avaliados por entidades independentes:
“O programa qualifica os serviços, melhora a experiência do beneficiário e incentiva a melhoria contínua das operadoras”, afirmou.
Werner Dalla completou:
“Operadoras acreditadas conseguem reduzir reinternações, aumentar a eficiência e oferecer um atendimento mais transparente e ágil”, concluiu.
Inteligência Artificial e a transformação do cuidado
O painel “IA transformando processos e experiências: auditoria e jornada do usuário” contou com Luciana Souza da Silveira, diretora de saúde da Fundação Assefaz, Jorge Eduardo Braga Neto, presidente da Luminar Saúde, e Thiago Pescuma, gerente de tecnologia da Luminar Saúde, sob moderação de Gildenora Dantas, diretora administrativo-financeira da UNIDAS-DF.
Thiago Pescuma apresentou o projeto de IA voltado ao beneficiário, destacando a importância do alinhamento entre propósito e cultura institucional:
“O sucesso da inovação depende do alinhamento entre propósito, patrocínio e cultura”, compartilhou.
Braga Neto detalhou o funcionamento do sistema, que atingiu 84% de assertividade por meio de machine learning, NLP e automação de processos, e Luciana Silveira reforçou o papel da tecnologia na auditoria de contas médicas:
“A IA aumenta a eficiência e melhora o relacionamento com a rede prestadora, indo além da glosa”, concluiu.
Avanços políticos e inovação
A programação da tarde iniciou com o painel “Avanços políticos e inovação: o que esperar do futuro”, com Luís Joaquim, sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte Brasil, Eli Melo Júnior, presidente da Postal Saúde e vice-presidente da UNIDAS, e Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, secretário de saúde do Distrito Federal, sob moderação de Mariana de Albuquerque Cavalcante, ex-vice-superintendente da UNIDAS-DF.
Luís Joaquim abordou as transformações do setor e a centralidade do paciente no novo modelo de atenção.
“Vivemos uma verdadeira guerra tecnológica. Os modelos de atendimento estão mudando, com foco no paciente, no bem-estar e em soluções virtuais”, afirmou Joaquim.
O secretário Juracy Lacerda enfatizou a importância de decisões sustentáveis.
“Só conseguiremos construir um futuro verdadeiro e sustentável se tomarmos decisões conscientes hoje”, ponderou Lacerda.
Construção de redes de referência
O quinto painel, “A construção de rede de referência para melhor eficiência”, reuniu Thiago Isola Braga, diretor de operações de saúde na Postal Saúde, Arley da Silva Pereira, gerente de área da CASSI, e João Victor Peres Moura, diretor de integração da UNIDAS-DF, que atuou como moderador.
Thiago destacou o avanço da Atenção Primária em Saúde com alcance nacional e equipes multidisciplinares, enquanto Arley detalhou a análise de dados e protocolos utilizados para otimizar recursos.
“Nosso trabalho foi estruturado em etapas: análise de dados, definição de OPMEs e avaliação do tempo médio de internação, sempre com foco em eficiência e qualidade assistencial”, explicou Arley.
Saúde mental e gestão humanizada
Encerrando os debates, o painel “Saúde mental: caminhos para sair da gestão anestésica” reuniu Almira Cristina Mota Morais, diretora técnica da UNIDAS-DF, Adriana Souza Toledo, secretária de Gestão de Pessoas do STF-MED, e Bruno D’Abadia, presidente do Ipasgo Saúde, que atuou como moderador.
Almira destacou que a saúde mental é um pilar estratégico e que investir nessa área é essencial para a sustentabilidade das operadoras:
“Investir em saúde mental não é custo, é estratégia, traz benefícios para pessoas, empresas e operadoras”, ressaltou Almira.
Adriana Toledo destacou a importância da prevenção e da integração entre gestão de pessoas e saúde organizacional.
Encerramento
O evento contou ainda com sorteio de brindes, uma apresentação humorística do grupo G7 Comédia e coquetel de encerramento, promovendo momentos de descontração e networking entre os participantes.
A UNIDAS-DF agradece a todos os participantes, palestrantes, patrocinadores e apoiadores institucionais que contribuíram para o sucesso desta edição.
Em 2026, o Fórum UNIDAS-DF volta com ainda mais inovação!