Edição 2025 do Congresso Internacional UNIDAS chega ao fim
7 de novembro de 2025Evento reuniu mais de 2,1 mil pessoas em Salvador e debateu longevidade e a saúde do futuro

O 28º Congresso Internacional UNIDAS entrará para a história do setor de saúde suplementar brasileiro. Realizado no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, de 5 a 7 de novembro, o evento reuniu 2.187 pessoas e registrou números recordes: foram mais 40 horas de programação, entre painéis, workshops e oficinas, que contaram a participação de 639 dirigentes (presidentes, vice-presidentes, CEOs, C-Level, diretores e superintendentes), 1 ministro do STJ, 63 palestrantes, 93 filiadas, 104 patrocinadores e 14 startups.
Mário Jorge, presidente da UNIDAS, destacou que a edição 2025 representa um marco para as autogestões, não apenas pela quantidade e a qualidade dos presentes, mas também por ter sido realizada na semana seguinte à tão desejada aprovação da alteração da resolução normativa 137 da ANS.
“A mudança na RN 137 é um passo histórico, que contribui diretamente para a sustentabilidade das autogestões. É resultado de mais de uma década de trabalho coletivo, com união e propósito, que fortalece tanto o papel social da UNIDAS quanto a trajetória de cada uma das nossas filiadas”, afirmou Mário Jorge.
O presidente explicou que o tema do evento desde ano, “Longevidade e Preparação para a Saúde do Futuro”, foi escolhido porque reflete a atenção dada pelas autogestões ao futuro demográfico do Brasil. “A longevidade não é um problema a ser resolvido, é uma conquista a ser administrada. O aumento da expectativa de vida redefine a sociedade, a economia e o nosso sistema de saúde. Se fizermos o que há de ser feito: prevenir, integrar e inovar, a população brasileira ganhará não apenas anos de vida, como vida nos anos”, pontuou o presidente, lembrando que as autogestões possuem 27,9% de idosos em suas carteiras – quase o dobro da média de todas as operadoras.
Olhar diferente para as autogestões
Durante a abertura, o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Wadih Damous, lembrou da integração entre o setor público e o privado como pilar essencial da Constituição brasileira no campo da saúde. “Não há SUS versus setor privado. Há SUS e setor privado. Um complementa o outro”, frisou. Ele explicou que a missão da Agência é justamente construir pontes e reforçar o diálogo entre os diferentes agentes do sistema.
Ao se referir ao trabalho regulatório da Agência, Damous defendeu um olhar sensível às particularidades do setor. “O acervo normativo da ANS não pode ser um bloco monolítico. Temos muitos contrastes, e as autogestões são um desses contrastes”, observou. Ele ressaltou que a própria Lei nº 9.656 e o conjunto de normas da Agência “não vão se congelar no tempo”, pois a regulação deve acompanhar as transformações do sistema e refletir sua diversidade.
O diretor também celebrou a publicação da Resolução Normativa nº 649, resultado de trabalho conjunto entre o corpo técnico da ANS e o segmento de autogestões. “Quero parabenizar a todas as autogestões. É uma vitória de todos”, declarou. Segundo ele, o novo texto “é de robustez normativa e vai significar um fortalecimento no trabalho de atendimento aos beneficiários”.
Encerrando a sua participação, Wadih Damous reforçou o vínculo de afinidade que sente com as autogestões, destacando a sensibilidade, o acolhimento e a solidariedade da modalidade. “Identifico-me sobremaneira com as autogestões. Aqui, vejo sensibilidade, acolhimento, o cuidado com os mais vulneráveis”, acrescentou.
Para ele, o envelhecimento deve ser visto como um direito e não como condenação: “envelhecer não é uma condenação. Devemos robustecer esse direito e é isso que as autogestões fazem. Aqui é um território isento da seleção de risco, e isso tem que servir de exemplo, de farol, porque tratamos seres humanos”, finalizou.
Mensagem do ministro da Saúde

O ministro da Saúde Alexandre Padilha, que estava na África do Sul devido ao Encontro do G20 de Ministros da Saúde, enviou uma mensagem em vídeo para o Congresso, parabenizando a UNIDAS pela atuação. Ele enfatizou a importância do segmento para a saúde suplementar, a necessidade de cooperação entre os mercados público e privado e de preparação do sistema para o futuro.
“Devemos olhar para duas grandes potências que o Brasil tem: o mercado público e o mercado privado, que deixam o nosso país com a possibilidade de liderar uma agenda muito relevante na saúde, atraindo investimentos para a organização de serviços tecnologia de informação, a incorporação tecnológica e a produção de medicamentos e vacinas”, disse.
Líderes alinham estratégias para a “década do envelhecimento saudável” no Brasil

A mesa de abertura do evento reuniu as principais lideranças da saúde suplementar brasileira para uma discussão sobre o período de 2021 a 2030, chamado pela OMS de “Década do envelhecimento saudável”. O debate foi composto por Mário Jorge, presidente da UNIDAS; Wadih Damous, diretor-presidente da ANS; Jorge Oliveira, presidente do Sinamge; Renato Casarotti, vice-presidente da Abramge, Flaviano Feu Ventorim; vice-presidente da CMB; Francisco Balestrin, presidente da FeSaúde e do SindHosp; Cesar Nomura, presidente da Abramed; Bruno Sobral, diretor executivo da FenaSaúde, e Luciana Dalcanale, diretora de Treinamento e Desenvolvimento da UNIDAS.
O consenso entre eles foi claro: o setor necessita de regulação inteligente, redes integradas e uso responsável de recursos. Damous afirmou que é preciso não deixar de enfrentar os desafios. “Diversas abordagens que foram feitas aqui vão para além da regulação. Tratam-se de questões legais das políticas públicas de saúde. Enfim, parte das abordagens aqui talvez desafie um aperfeiçoamento da regulação”, comentou o presidente da ANS.
Já Oliveira lembrou “que o cuidado com o idoso tem se tornado cada mais imprescindível, pois a previdência e a saúde são as grandes questões da sociedade atual, seja ela emergente ou desenvolvida”; enquanto Ventorim acrescentou que “nosso segmento deve olhar para o sistema com um pouco mais de racionalidade, pois desempenhamos um papel enorme de envolvimento em toda a cadeia”.
Casarotti reforçou o peso da inovação, ao afirmar que os investimentos em tecnologia no setor de saúde, normalmente, estão voltados para que as pessoas vivam mais. “No entanto, ainda falta um foco para que vivam melhor. Afinal, viveremos cada vez mais, e com qualidade de vida”.
A tecnologia também foi apontada por Nomura como um apoio essencial ao envelhecimento saudável. “Temos que olhar para o futuro e apostar na inteligência artificial. Entendo que a IA vai ser fundamental, principalmente, para auxiliar a medicina diagnóstica. Não para substituir os profissionais, mas para apoiá-los, evitando pequenos erros e fazendo certas quantificações”.
Carvalho jogou luz na questão da sustentabilidade financeira ao declarar que “nós, operadoras, precisamos olhar para a gestão da saúde e para o que bolso do consumidor. Medidas como promoção da saúde e prevenção de doenças são vitais para aumentar a sobrevida, melhorar a qualidade de vida e destinar mais tempo à saúde experimental”. Já Luciana opinou que, “enquanto operadoras, nós precisamos oferecer tecnologia e serviços e também ser um agente de transformação. Só assim conseguiremos transformar um setor que dá sustentação ao sistema de saúde nacional”.
Para encerrar a mesa de debates, Balestrin citou que, a cada 21 segundos, uma pessoa entra no grupo dos que têm 50 anos, ao passo que a taxa de natalidade no país é de apenas 1,7 filho por mulher. “Isso significa que não temos a recuperação da população que deveríamos ter, o que dificulta a sustentação da previdência social e, principalmente, de um sistema de saúde como o nosso”.
Revolução da longevidade e o cérebro do amanhã

Convidado especial do evento, o epidemiologista Alexandre Kalache, presidente do ILC-B, palestrou sobre “A revolução da longevidade no Brasil”, provocando reflexões sobre a necessidade de preparação em todos os setores da sociedade para o envelhecimento da população no país. “Aprendam a gostar de gente velha, pois é uma população cada vez maior. Não apenas na área da saúde, é imprescindível aplicar políticas apropriadas em todos os setores da sociedade e revolucionar a educação propagada acerca dos sexagenários”.
Já o presidente da Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa, Pedro Schestatsky, trouxe a perspectiva neurocientífica acerca da vida longa. Na palestra “O cérebro do amanhã: caminhos da longevidade”, ele detalhou como prevenção, estímulos cognitivos e cuidado centrado na pessoa podem revolucionar o envelhecimento dos brasileiros. “A longevidade está, basicamente, associada a oito hábitos: ter um sono reparador; movimentar-se ao menos 50 minutos por dia; comer duas porções diárias de vegetais; parar de comer antes de ficar 80% satisfeito; ter ao menos um amigo para conversar em dias ruins; frequentar comunidades baseadas na fé quatro vezes por mês; não fumar; e cuidar da capacidade física”.
Dados epidemiológicos orientam estratégias práticas

Com as diretrizes estratégicas alinhadas, o evento, ainda no primeiro dia, partiu para as análises técnicas. O debate sobre o panorama epidemiológico do envelhecimento brasileiro, moderado por Eli Melo Jr., vice-presidente da UNIDAS, trouxe Luciane Infanti, consultora e fundadora da ELOSS Consultoria, e Martha Oliveira, doutora em Envelhecimento pela UERJ e CEO do Grupo Laços, para traduzir números em ações.
Luciane apresentou números que impactam diretamente as autogestões. “Os dados estão contando histórias para a gente, estão pedindo respostas, já que a atenção primária não está mais relacionada à doença, ao paciente, mas ao ciclo da vida humana. Martha, por sua vez, comentou sobre o panorama global, os conceitos de envelhecimento ativo e a cooperação de doenças. “A sociedade só fala de envelhecimento aos 60 anos, contudo deveria falar muito antes. Da mesma forma, 80% das pessoas vão ter alguma doença, o que exige uma atenção maior aos riscos que isso representa”.
Novos paradigmas de remuneração na saúde

Em outro painel, Luiz Celso Dias Lopes, presidente do IESS; Paulo Rebello, presidente de honra do IQCS; Carla Soares, diretora interina da DIGES/ANS, e Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge, moderados por Luciana Dalcanale, discorreram sobre a remuneração na saúde perante o envelhecimento populacional.
Luciana propôs uma abordagem aos contratempos trazidos às autogestões pela longevidade. “São vários os fatores que devem ser avaliados e endereçados para que possamos ter uma condição favorável e, ao mesmo tempo, sustentável. E, dentro de todos esses aspectos, certamente os modelos de remuneração são muito significativos”.
Luiz Celso argumentou que a lacuna entre vida e vida saudável ameaça a sustentabilidade das autogestões. “As projeções do IESS apontam que a obesidade pode atingir 46% dos beneficiários até 2030. Além disso, os custos assistenciais devem ter um crescimento de 42%, com um salto no custo per capita de R$ 2,2 mil para R$ 3,1 mil entre 2020 e 2030. Nós sabemos o diagnóstico e sabemos a terapia. Agora, temos que colocar as estratégias em prática”.
Para Rebello, “nós estamos chegando ao momento de uma transição muito rápida, seja econômica, social ou tecnológica. Precisamos entender as dificuldades e transformá-las em resultado para que, de fato, o paciente na ponta esteja no centro das discussões e consiga sentir os benefícios, resultando em operadoras saudáveis, prestadores satisfeitos e, obviamente, em um setor sustentável”.
Carla acrescentou que o primeiro passo não deve ser olhar para o modelo de remuneração, mas para o modelo do cuidado e da assistência. “A partir disso, torna-se claro, aceitável e incorporado na cultura do setor e do cidadão que novos modelos de remuneração vão trazer bons resultados, incluído financeiros. Acho que estamos num momento propicio, porque possuímos condições de vencer as barreiras tecnológicas e culturais, sobre as quais falamos há 25 anos”.
Já Ribeiro corroborou a fala de Carla de que o resultado financeiro é consequência. “É reflexo de toda uma construção que leva ao resultado financeiro e se traduz em equilíbrio. Nosso setor carece de clareza sobre o que persegue e de estar equilibrado para entregar ao beneficiário aquilo que foi contratado. A real proteção ao beneficiário não está em artificializar alguma mecânica para que um benefício pareça imediato, porém para a construção de um todo”.
IA para gestão populacional em longevidade

O presidente do Conselho Deliberativo da UNIDAS, Werner Dalla; o diretor médico do Laboratório de Inteligência Artificial – In.lab – Inova-HC, Vinícius Guirado, e o gerente executivo de Risco Populacional da Cassi, Frank Ney Sousa Lima, conduziram uma apresentação sobre “Cuidado baseado em dados: IA para gestão populacional em longevidade.”
Moderador do painel, Dalla iniciou o debate reforçando o quanto os dados disponibiliza dos pela tecnologia podem ser qualificados cada vez mais. “Temos que utilizar a inteligência artificial com contexto para evitar resultados simplistas ou até enviesados. Ademais, é preciso saber que os resultados obtidos por meio de IA devem sempre ser usados como suporte à validação médica, e não como decisão final”.
Guirado pontuou que a IA emerge como o vetor de integração entre a abrangência epidemiológica e a saúde de precisão, viabilizando a otimização da gestão populacional em longevidade. “O potencial estratégico da IA reside na conversão de insights sobre os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) em ações preditivas, o que demanda uma governança ético-regulatória robusta para assegurar a equidade e a privacidade dos dados. A efetividade da IA na gestão da longevidade é indissociável da implementação de frameworks estratégicos validados, demonstrando que a viabilidade operacional é tão crítica quanto a inovação tecnológica”.
Terceiro debatedor, o especialista da Cassi fez referência aos diversos dados produzidos e disponibilizados pela operadora com o uso de inteligência artificial. “A IA já assume uma função extremamente útil na modelagem preditiva, gerando informações estratégicas e, consequentemente, ajudando os profissionais da área médica a tomar decisões precisas acerca de pacientes que, por exemplo, tenham diabetes, hipertensão ou câncer de mama. Nossos sistemas estão voltados a coletar e qualificar dados para trabalhar a modelagem e, nesse contexto, é indispensável que profissionais de diversas especialidades se unam para contribuir com a jornada do uso de IA na saúde”.
A importância de liderar a transformação

Mediado por Janaína Augusto, professora e palestrante com foco em Treinamentos, o painel “Autogestão em saúde: a importância de liderar a transformação” registrou o encontro de presidentes de cinco operadoras do país: Cláudio Said, da Cassi; Carolina Bezerra, da Casse; Bruno D’Abadia, do Ipasgo Saúde; Douglas Figueredo, da Geap, e Anderson Ferreira, da Cemig Saúde.
Said abriu o debate afirmando que transformação é a palavra de ordem no atual momento da saúde suplementar. “As autogestões precisam deixar de ser pagadoras de serviço para ser gestoras de saúde. O caminho é o conhecimento da população para fornecer serviços não baseados na oferta, mas na necessidade, para deixar de fornecer serviços dispensáveis, que geram custo. Isso pode reduzir as despesas em até 30%”.
A presidente da Casse defendeu que uma mudança duradoura e sustentável começa de dentro para fora, passa pelos processos e, por último, pelos resultados entregues. “Se quisermos ser autogestões fortes e sustentáveis, temos que ser promotoras de saúde, não pagadoras de contas medicas; inovadoras, não apenas gestoras; e criadoras, não apenas administradores”.
Para D’Abadia, o segredo para conduzir a transformação no segmento é colocar em prática uma liderança que agregue ideias e medidas aplicáveis a instituições de qualquer setor. “A situação é desafiadora, com inflação médica e questões regulatórias e demográficas, e a mudança envolve maturidade, comunicação, flexibilidade, adaptação, desenvolvimento de pessoas, inspiração e propósito”.
Já Figueredo ressaltou que, para crescer com sustentabilidade, as lideranças precisam eliminar culturas que não têm estratégia nem enxergam o futuro. “Não podemos deixar de ter um saldo positivo de gente que acredita no negócio, isso resulta em clientes chegando à carteira. Só assim venceremos obstáculos como envelhecimento da carteira, judicialização, fraudes e desperdícios e entregaremos sempre um serviço de qualidade. Afinal, o balanço das autogestões deve ser muito mais social do que financeiro”.
Por fim, Ferreira argumentou que a geração de valor nas autogestões não se dá apenas pela redução de custos, porém, principalmente, pela forma como cuida da saúde dos beneficiários. “Com isso em mente, as operadoras conseguirão colocar em prática o cuidado, trazendo resultados aos beneficiários, colaboradores e patrocinadores. Ademais, defendo a valorização de pessoas que realmente fazem acontecer, gestores com autonomia para agir e desenvolver a força de trabalho das instituições”.
Dispositivos, IoT e IA para o cuidado do idoso

A tecnologia voltou ao centro do palco do Congresso em uma apresentação sobre “Dispositivos, Internet das Coisas e o uso da IA para o cuidado do idoso”, mediada por Maurício Lopes, diretor executivo da Economus e diretor de Integração da UNIDAS. Ao lado dele, estavam o pesquisador Guilherme Hummel e Frederico Peret, diretor-presidente da Unimed-BH.
Hummel discorreu sobre o conceito de Cognição Artificial Mutimodal em Saúde (Cognware), o “cérebro de silício” que se intercala entre o multimúsculo eletrônico (hardware) e o esqueleto lógico (software). “Em menos de uma década, todos os hospitais e unidades clínico-assistenciais estarão operando com modelos agênticos (IA) capazes de elevar a acurácia médica e reduzir o custeio. A IA multimodal é capaz de ver como vemos, de ouvir como ouvimos e de perceber como percebemos”.
O executivo da Unimed-BH, por sua vez, levou o debate para uma análise aos percalços enfrentados pelas operadoras no que diz respeito à tecnologia e algumas das soluções que estão disponíveis aos beneficiários. Segundo ele, “abismo digital, logística, custo, acesso e cultura de dados fazem parte do caminho a ser trilhado para mudar o futuro dos serviços assistenciais. Para superá-los, é necessário investir em saúde digital, telemonitoramento, telessaúde e na cocriação de novos negócios em saúde que, de fato, entreguem valor. Devemos entregar um cuidado cada dia mais humano à população idosa, com empatia, responsabilidade e planejamento”.
Lopes concluiu que os painelistas agregaram duas abordagens distintas sobre o contexto tecnológico: “Hummel trouxe uma perspectiva acerca do que está por vir, enquanto o Peret falou a respeito do que já está sendo trabalhado. Penso que uma das nossas missões será integrar essas coisas todas e agregar conhecimento. O melhor resultado surge quando conseguimos ver tanto o ser humano quanto a máquina fazendo o seu devido papel”.
Palestra internacional

Referências internacionais, Cláudia Rebelo, Data Protection Officer na CUF – Hospitais e Clínicas, e Diogo Serras Lopes, ex-secretário de Estado da Saúde de Portugal, vieram da Europa especialmente para o Congresso da UNIDAS, onde debateram acerca da economia da longevidade e os impactos na saúde e novos modelos de financiamento.
Lopes defendeu que o tema deve ser discutido com seriedade e objetividade. “Quando me perguntam quais são os novos modelos de financiamento para a longevidade, a minha resposta só pode ser que devem estar alinhados a custos sustentáveis, com uma saúde que tem qualidade e que é sustentável. Temos que discutir efetivamente o que são os ganhos, respeitando a história de cada pessoa, mas colocando as políticas em saúde à frente”.
Cláudia concordou com os apontamentos de Lopes e complementou que “a ausência de auditoria médica em sentido explícito e a ausência de judicialização são dois dos principais pontos de evolução para a saúde suplementar e a saúde geral no Brasil”.
Alquimia da liderança

O painel “Alquimia da liderança: empatia, propósito e estratégia na saúde” foi moderado por Denise Eloi, CEO do Instituto Coalizão Saúde – ICOS, e contou com palestra de Andrea Bisker, CEO da Spark, sobre saúde social, economia prateada e coragem como estratégia. Segundo Andrea, o aumento da expectativa de vida deve ser encarado como uma filosofia de liderança. “O novo paradigma não está relacionado à velhice, mas à longevidade, porque as pessoas começam a envelhecer desde que nascem e estão vivendo cada vez mais. Como líderes, temos que ter coragem para tomar decisões e promover mudanças.”
Denise valorizou o tema proposto na palestra e observou que “diante de um cenário tão desafiador, com mudanças demográficas, epidemiológicas, culturais, econômicas e sociais, é essencial que tenhamos uma percepção sobre como transformar empatia e propósito efetivamente em estratégias para as organizações da área da saúde”.
Aspectos jurídicos para o futuro das autogestões

A plenária do evento também contou com a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Antonio Saldanha Palheiro, explanando sobre os obstáculos da gestão na saúde suplementar durante a palestra “Visão 2030: aspectos jurídicos para o futuro das autogestões”. O painel foi moderado por José Luiz Toro, consultor jurídico da UNIDAS, que valorizou a participação do magistrado: “Saldanha é um profundo conhecedor das questões jurídicas e também das autogestões. Discutir a judicialização é absolutamente necessário, pois ela tem um papel imprescindível para a saúde”.
O ministro reafirmou a relevância dos aspectos jurídicos para a saúde suplementar. “As operadoras de planos de saúde precisam se manter fortes no Brasil, porque, caso contrário, mais de 50 milhões de pessoas migrariam para o atendimento do SUS. A saúde suplementar é fundamental não apenas para o setor privado, mas para todo o sistema de saúde do nosso país. Por isso, precisamos de segurança jurídica”.
Trilhas paralelas para desafios específicos
O 28º Congresso Internacional UNIDAS ofereceu ao público presente oito Trilhas Paralelas, em busca de aprofundar soluções específicas:
– Qualidade e transição de cuidados na era da longevidade: Ana Maria Malik, especialista em gestão de serviços de saúde, e João Gabriel Rosa Ramos, médico intensivista e paliativista, conectaram segurança do paciente, continuidade assistencial e eficiência de recursos. O moderador foi João Paulo Reis Neto, diretor técnico da UNIDAS.
– A nova autogestão em saúde à luz da RN 137: com mediação de Cleudes Freitas, diretor administrativo-financeiro da UNIDAS, Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Daniel Tostes, assessor jurídico da ANS, José Luiz Toro, assessor jurídico da UNIDAS, e Nildeval Chianca Jr., coordenador da Comissão Jurídica da UNIDAS, exploraram a atualização da Resolução Normativa 137 e seus impactos.
– Cuidado integrado – soluções, tecnologias e políticas para a saúde do futuro: Claudio Giuliano, CEO da FOLKS, e Lasse Koivisto, membro da Healthy Longevity Medicine Society, além do moderador Fernando Zingano, membro do Conselho Deliberativo da UNIDAS, apresentaram casos práticos de interoperabilidade e de IA para gestão populacional.
– Dilemas da saúde na terceira idade: moderada por José Antônio Diniz, conselheiro da UNIDAS, a quarta trilha paralela reuniu Carlos Lobbé, diretor Regional (RJ) da Operadora de Saúde MedSênior, e Josimario Silva, professor Associado do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal de Pernambuco, em um debate sobre as especificidades clínicas, éticas e econômicas do cuidado na medicina geriátrica.
– Apresentação dos cases das comissões UNIDAS: Lizandra Bizarro, coordenadora de Comissões, Produtos e Serviços da UNIDAS, esteve à frente da roda de conversa que contou com Aline Amorim da Cruz, coordenadora da Comissão de Comunicação da UNIDAS, Natália Gherardi Almeida, coordenadora da Comissão de Modelos de Atenção à Saúde da UNIDAS, e Vitor Hugo Hoffmann Da Costa, coordenador da Comissão de TI da UNIDAS.
– Experiência do paciente 60+ na saúde do futuro: o diretor do Cuidado Integrado do Hospital Albert Einstein, Leandro Figueira, o diretor de Operações no OPTY Rede Integrada, Everton Silva, e o diretor de Autogestão em Saúde no Tribunal Regional do Trabalho – 5ª Região, André Liberato de Matos Reis, subiram ao palco para falar a respeito do cuidado com a população mais longeva.
– Políticas públicas para a longevidade: os idosos também estiveram no centro da troca de ideias entre Cláudia Rebelo, Data Protection Officer na CUF – Hospitais e Clínicas, Lenise Barcellos de Mello Secchin, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Edgar Nunes de Moraes, coordenador do Serviço de Geriatria do HC-UFMG, e Maria do Socorro Rios Fonseca, gerente de Unidade CASSI-MA.
– Cuidados paliativos – uso criterioso de recursos na finitude: por fim, a trilha paralela reuniu Renata Freitas, diretora do Hospital do Câncer IV – Unidade de Cuidados Paliativos INCA, Samir Salman, superintendente do Instituto Premier, e Ricardo Tavares, coordenador do Programa de Complementação Especializada em Cuidados Paliativos.
Nova edição da revista e Pesquisa Nacional UNIDAS
A 9ª edição da Revista de Direito da Saúde Suplementar também foi destaque durante o congresso. Nildeval Chianca Jr., coordenador da Comissão Jurídica da UNIDAS, subiu ao palco para exibir os principais assuntos abordados na publicação. “O objetivo é que as informações contidas nessa revista sejam disseminadas e cheguem às nossas filiadas, colaborando para a evolução do segmento de autogestão em saúde”, disse ele.
João Paulo Reis Neto, diretor técnico da UNIDAS, foi o responsável por divulgar as informações reveladas na Pesquisa Nacional UNIDAS 2025, com dados concretos sobre desempenho assistencial, gestão de rede, custos e tratamentos de doenças. “O levantamento traz números relevantes, como os principais empecilhos enfrentados pelas operadoras na gestão de terapias complexas e/ou de alto custo. Todas elas, sem exceção, apontaram a pressão judicial sem critérios claros, enquanto 80% indicaram a velocidade de incorporação no Cosaúde e a falta de orientação e suporte regulatório”.
Prêmio Saúde UNIDAS reconhece inovações na saúde
Sob o tema “Cuidado centrado no idoso: equilíbrio entre tecnologia e inovação”, a edição 2025 do Prêmio Saúde UNIDAS celebrou as iniciativas que uniram ciência, sensibilidade e criatividade para transformar a saúde e a vida das pessoas. Foram 80 trabalhos classificados, todos expostos no estande do Campus UNIDAS, reforçando o compromisso com a excelência e a inovação.
Luciana Dalcanale, diretora de treinamento e desenvolvimento da UNIDAS, apresentou os trabalhos vencedores, com base em resultados mensuráveis, inovação assistencial e impacto econômico. “Esta premiação representa muito mais do que um reconhecimento. É uma celebração ao compromisso, à inovação e à dedicação das nossas operadoras que, ano a ano, demonstram toda sua capacidade de transformar desafios em soluções criativas e eficientes”, falou.
Confira os vencedores por categoria:
Filiada

1° LUGAR: CASSI
Trabalho: Monitoramento e impacto assistencial de participantes preditos com alto potencial de variação nas despesas assistenciais: uma aplicação de inteligência artificial na saúde suplementar
2° LUGAR: CASU/UFMG
Trabalho: Inovação no cuidado ao idoso com retinopatia: protocolo de navegação como tecnologia em saúde centrada no paciente
3° LUGAR: CASSI
Trabalho: Experiência da interconsulta com médico-farmacêutico na avaliação de idosa polimedicada com risco de hiponatremia: análise de interações medicamentosas com foco na prevenção de internações hospitalares
Não filiada
1° LUGAR: AGILE HEALTHTECH
Trabalho: Tecnologia de inteligência artificial para potencializar o engajamento de idosos no modelo de cuidado humano
2° LUGAR: SAÚDE CLARA
Trabalho: Economia do cuidado integral: análise de um modelo de atenção primária integrativa centrado no idoso
3° LUGAR: DNA CONSULT
Trabalho: Tecnologia, genética e envelhecimento: o papel do teste genético na saúde musculoesquelética e na promoção de um envelhecimento saudável
Prêmio INOVA Saúde celebra startups

A 3ª edição da premiação reconheceu as startups que desenvolveram as iniciativas mais promissoras da área da saúde. Werner Dalla voltou ao palco para falar sobre o papel da inovação no setor, ressaltando que “as instituições são mecanismos vivos, que devem interagir com seus públicos e compartilhar as suas informações com outras instituições para gerar conhecimento”.
O público conheceu as startups ganhadoras:
1º lugar – SAFEE
2º lugar – QUANTIFY
3º lugar – CAREFY
Workshops patrocinados
No primeiro workshop patrocinado do evento, a Lilly convidou João Paulo dos Reis Neto para moderar a apresentação de Ricardo Alvim, coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Mater Dei Salvador, sobre a “Linha de cuidado na Doença de Alzheimer: a detecção precoce à inovação terapêutica”.
“O Alzheimer é uma doença que pode comprometer a carteira das nossas operadoras, principalmente porque possuímos a maior média etária populacional. Há uma subnotificação dos pacientes com esse diagnóstico e, quase que na totalidade, eles têm outras comorbidades, como diabetes e hipertensão. Além disso, são pacientes de longa permanência, que são internados várias vezes e consomem muitos recursos”, detalhou Reis Neto.
O especialista do Mater Dei Salvador, por sua vez, trouxe argumentos do ponto de vista clínico. “Até pouco tempo atrás, a medicina não conseguia apresentar soluções para o diagnóstico do Alzheimer. Hoje, no entanto, já existem estudos que investigam o declínio cognitivo e apontam que algumas terapias são capazes de impedir a evolução natural da doença em pacientes selecionados.”
Também promovida pela Lilly, a apresentação sobre “Inovação e economia no tratamento da dermatite atópica” juntou Paulo Antônio Oldani Felix, chefe do serviço de Dermatologia do Hospital dos Servidores do RJ, e Juliana Martinho Busch, diretora de Previdência e Assistência da Capesesp.
“Atualmente, no Brasil, somente dupilumabe está incluso no Rol da ANS para o tratamento da dermatite atópica (DA) moderada e grave, entretanto os benefícios não alcançam toda a população tratada e os tratamentos convencionais não atingem as expectativas dos pacientes”, destacou Felix. A especialista da Capesesp adicionou que as “linhas de cuidado à DA incluem tempo de doença, tempo até o diagnóstico, evolução, terapias usadas e comportamento do paciente, intercorrências, tolerabilidade e comorbidades. Além disso, devemos lembrar que cada paciente é único e tem demandas especiais”.
A Johnson & Johnson abordou o tema “Pensando o futuro: longevidade e acesso para pacientes idosos com linfoma de células do manto”, com Carla Boquimpani, líder em Leucemias Crônicas do Grupo Oncoclínicas. “Quando falamos da progressão de doenças como o LCM, falamos do envolvimento de outras terapias, do aumento dos custos. Então, quanto mais agirmos de forma precoce, mais traremos economicidade em todas as etapas. A escolha de terapias mais eficazes ajuda a prolongar a resposta, a direcionar e preservar recursos do sistema”.
Também oferecido pela Johnson & Johnson, o workshop “Transcendendo a fragilidade – como é possível pensar em longevidade para pacientes com mieloma múltiplo?” foi conduzido pelo hematologista Angelo Maiolino, presidente da ABHH. “O objetivo é que as curvas de expectativa de vida da população e dos pacientes com mieloma múltiplo se sobreponham, pelo menos para pacientes de risco padrão. Nesse sentido, esquemas quádruplos, incluindo daratumumabe, podem ampliar a possiblidade de uma cura funcional, em que a qualidade de vida é um parâmetro fundamental tanto na resposta ao tratamento quanto no manejo dos eventos adversos”, disse o especialista.
O workshop “O impacto da doença aterosclerótica no Brasil: limites e oportunidades para atuação”, da Novartis, reuniu Roberta Arinelly, diretora médica na Origin Health, e Francisco Kerr Saraiva, médico PHD pesquisador e professor titular de Cardiologia na PUC Campinas. “A doença cardiovascular segue sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo, com uma estimativa de 400 mil mortes por ano em nosso país. Esses números sobrecarregam o sistema de saúde, os atendimentos, e acabam ficando muito concentradas em algumas áreas de atendimento e de atuação”, explicou Roberta.
Saraiva frisou que “é preciso conversar com a sociedade, diante de seus vários sentimentos, para que possamos propor alternativas terapêuticas à nossa população, que, cada vez mais, envelhece e tem comorbidades. No contexto das autogestões, ressalto a relevância de educar as nossas crianças e a área médica, além de garantir acesso a quem necessita. Afinal, a ciência foi concebida para salvar. Deveria salvar a todos e não apenas a alguns”.
A Takeda, por fim, convidou o hematologista André Abdo, gerente do Núcleo de Linfoma T do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Icesp e FMUSP, para falar sobre as “Terapias curativas em Linfoma de Hodgkin – atualizações clínicas e impactos econômicos sob perspectiva do pagador”. Em sua palestra, ele observou que a evolução do tratamento a esse tipo de câncer se torna um modelo de sucesso dentro da oncologia. “A incorporação do Brentuximabe Vedotina na primeira linha resultou em ganho de sobrevida global contra a terapia padrão. O protocolo BrECADD inaugura uma era de resultados impensáveis para uma doença oncológica, com taxas de sobrevida acima de 98% em 4 anos e de recaídas em menos de 5% dos pacientes em 5 anos”.
Oficinas simultâneas
Seis oficinas simultâneas ocorreram durante o 28º Congresso Internacional UNIDAS. O oncologista Stephen Stefani comandou a apresentação da AstraZeneca, que teve como tema os “Desafios da gestão em oncologia frente a constante inovação”, enquanto Martha Oliveira, CEO do Grupo Laços, foi a responsável por abordar as “Novas perspectivas para a Doença de Alzheimer e o impacto no ecossistema de saúde”, na oficina da Biogen.
A ISA Saúde convidou seu diretor Médico, Davi Pares, para desenvolver uma abordagem ao tema “Da planilha ao copiloto: como a IA pode reduzir a sinistralidade através do cuidado domiciliar”. Já a oficina BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo tratou das “Estratégias de geração de valor em saúde e construção de parcerias de longo prazo”, sob a condução de Álvaro Caetano, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios e Expansão da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Costa Beber, diretor de Integração da UNIDAS-SP, e Carlos Eduardo Tavolari, head comercial da Diretoria de Desenvolvimento de Novos Negócios da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A Sanofi, por sua vez, promoveu duas oficinas durante o evento: “Imunização do idoso: proteção, qualidade de vida e sustentabilidade”, que reuniu João Paulo dos Reis Neto, diretor técnico da UNIDAS, Melissa Palmieri, vice-presidente da SBIm Regional SP, Felipe Gallego Lima, médico do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, e Maisa Carla Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da SBGG; e “Vacinação, equidade e envelhecimento: como preparar a saúde suplementar para o futuro”, que teve participação de Melissa Palmieri e Deborah Hoffman, diretora de Comunicação da UNIDAS.
Café das Comissões
O Congresso também foi marcado pelo 5º Café da Manhã das Comissões UNIDAS, oferecido pela Orizon e pela AdviceHealth, que contou com a presença de Lizandra Bizarro, coordenadora de Comissões, Produtos e Serviços; Amanda Bassan, gerente executiva da UNIDAS; Mário Henrique Martins, CEO da Orizon, e Andréa Bergamini, diretora da AdviceHealth.
Momento cultural

Fechamento institucional e encontro marcado em Recife
O encerramento institucional do 28º Congresso Internacional UNIDAS ficou a cargo do vice-presidente da entidade, Eli Melo Jr. “Foram dias intensos, de trocas, aprendizados e sólidas conexões. Vimos painéis intrigantes, participantes dos mais diversos e, o principal, uma energia que reafirma a força da nossa rede e o compromisso com a transformação do setor. Em nome da UNIDAS, agradeço a cada um que proporcionou números que demonstram a cada ano a relevância das autogestões no cenário nacional. Finalizamos este encontro com a certeza de que estamos mais inspirados, fortes e preparados para os próximos desafios”, concluiu.
No dia do encerramento, Mário Jorge celebrou os resultados da edição 2025 e declarou que “saímos daqui no clima de Salvador, com a alma tranquila e o coração quente, transbordando conhecimento, porém, ao mesmo tempo, convencidos dos imensos desafios que nos esperam pela frente. A nova autogestão pode ser o ponto de inflexão, o início de um caminho mais próspero e sustentável para todos nós”.
Além do balanço do evento de 2025, o público teve acesso, em primeiríssima mão, à informação sobre a cidade que sediará a próxima edição: Recife, capital de Pernambuco, será palco do 29º Congresso Internacional UNIDAS, entre os dias 28 e 30 de outubro do ano que vem.




