A crise na saúde suplementar pode acelerar uma reorganização do setor com foco em desfechos e experiência do paciente, afirmou o presidente da UNIDAS, Mário Jorge, no podcast O que mexe o ponteiro – Caminhos da saúde suplementar, apresentado por Daniel Greca, diretor de Saúde Populacional do Sírio-Libanês. “Embora todos estejam falando de crise, na nossa visão, a crise é uma grande oportunidade para a transformação tão pleiteada e necessária ao sistema de saúde”, disse. Para ele, valor se produz com jornada bem estruturada, letramento em saúde e participação ativa do usuário.

O presidente apontou dois nós que travam a mudança: o pagamento por produção e a fragmentação de dados. Ele também defendeu remuneração vinculada à eficiência clínica e um prontuário eletrônico único que reduza assimetrias entre os elos da cadeia. “Não é o modelo que define o financiamento, é o financiamento que define o modelo”. Na avaliação de Jorge, estabelecer incentivadores econômicos é condição para tornar parcerias sustentáveis. Nesse sentido, segundo ele, as autogestões saem na frente.

“As autogestões já nascem com o beneficiário no centro do cuidado”.

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